(Após a realização de uma entrevista no Teatro São Luiz, em Lisboa, a Forbes Portugal acompanhou André Leitão, ator e nomeado na lista 30 Under 30 de 2025, no dia da antestreia da série ‘Rabo de Peixe’. A segunda parte deste trabalho fica, agora, disponível. Assim como um excerto do artigo que será publicado em breve, na edição de outubro/novembro da revista.)
Em 2001, depois de um barco que se dirigia a Espanha ter perdido o mastro devido ao vento, deram à costa em Rabo de Peixe, nos Açores, cerca de 500 quilos de droga. Isto de acordo com os números avançados pela polícia, mas, segundo a população, a quantidade de cocaína era muito superior a esta.
Mais de duas décadas depois, em maio de 2023 e pelas mãos do cineasta Augusto Fraga, esta história chegou a Portugal e ao mundo através da série da Netflix ‘Rabo de Peixe’. Com apenas uma temporada, foi uma das 500 séries mais vistas a nível mundial na plataforma de streaming, chegou ao top 10 mundial das séries em língua não-inglesa da Netflix e esteve entre as mais vistas em 15 países.
A bordo desta história foram quatro os protagonistas: André Leitão, Helena Caldeira, José Condessa e Rodrigo Tomás. O primeiro, a viver a oportunidade pela qual esperou por uma década.
“Foi o meu primeiro grande projeto de audiovisual, e logo com uma exposição mundial. Eu já andava há 10 anos a tentar ter uma boa oportunidade e fui um privilegiado por tê-la conseguido. Nunca tinha feito um trabalho com tanta profundidade”, diz o ator à Forbes.
Se tivesse de colocar o momento em que decidiu ser ator no calendário, André Leitão não o conseguiria fazer. A arte esteve sempre lá. “Eu não me lembro do dia em que escolhi ser ator. As memórias que tenho são de ir crescendo e saber que gostava de me colocar noutras peles, de ver a perspetiva dos outros, de compreender como é que os outros funcionavam, como é que eram os comportamentos deles, o que é que eles gostavam, porque é que pensavam daquela forma. Eu diria que foi a arte que me escolheu”, conta.
A cronologia começa a ganhar forma no momento em que a mãe o questiona sobre a decisão de seguir a área de humanidades no ensino secundário: “Mas tu não queres fazer teatro?”. A verdade é que André nem sabia que tinha essa possibilidade, mas assim que o plano se desenhou não pensou duas vezes em avançar. No dia seguinte à conversa com a mãe, depois de perceberem que as inscrições estavam muito perto de encerrar, já estava na Escola Profissional de Teatro de Cascais para fazer os testes e audições necessários.
A partir daí, o teatro nunca mais foi apenas um hobby, mas foi com ‘Rabo de Peixe’ que conseguiu dar o salto na carreira que tanto ambicionava.
(Entrevista completa na edição de outubro/novembro 2025 da Forbes Portugal. Em breve nas bancas)