Livro português para crianças cegas na seleção White Ravens dos melhores de 2025

O livro ilustrado para crianças cegas “Uma casa é uma montanha é um chapéu” foi selecionado pela Biblioteca Internacional da Juventude como uma das melhores obras de literatura para crianças e jovens de 2025. Além de “Uma casa é uma montanha é um chapéu”, concebido para ser acessível a crianças cegas ou com baixa visão,…
ebenhack/AP
O livro ilustrado para crianças cegas “Uma casa é uma montanha é um chapéu” foi selecionado pela Biblioteca Internacional da Juventude como uma das melhores obras de literatura para crianças e jovens de 2025.
Forbes Life

O livro ilustrado para crianças cegas “Uma casa é uma montanha é um chapéu” foi selecionado pela Biblioteca Internacional da Juventude como uma das melhores obras de literatura para crianças e jovens de 2025.

Além de “Uma casa é uma montanha é um chapéu”, concebido para ser acessível a crianças cegas ou com baixa visão, por Yara Kono, Fátima Alves, Filipa Tomaz e Letícia do Carmo, a Biblioteca Internacional da Juventude, sediada em Munique, escolheu outros dois livros com autores portugueses para figurarem entre os cerca de 200 melhores de todo o mundo.

São eles: “As pessoas são esquisitas”, do autor brasileiro-norte-americano Victor D. O. Santos, com ilustrações da portuguesa Catarina Sobral (edição Orfeu Negro), e “(Toda) a ciência em três grandes perguntas”, do britânico Philip Ball, desenhado pelo português Bernardo Carvalho (Planeta Tangerina).

Todos os anos, a Biblioteca Internacional da Juventude elege cerca de 200 livros infantojuvenis, de várias línguas e países, que servem de referencial para leitores, mediadores, bibliotecas, e para divulgação internacional, atribuindo-lhes o selo intitulado “White Ravens”.

Para a equipa da Biblioteca Internacional da Juventude, “Uma casa é uma montanha é um chapéu” é um “excecional livro ilustrado” pela conjugação do texto, sobre casas e arquitetura, com o trabalho gráfico e de engenharia de papel, destinado tanto a crianças cegas como às que veem bem.

O livro tem ilustrações de Yara Kono, trabalho de acessibilidade e conceção tátil de Fátima Alves, e texto de Filipa Tomaz e Letícia do Carmo, numa edição da Trienal de Arquitetura de Lisboa.

“As pessoas são esquisitas” é, para aquela instituição alemã, um livro cheio de “empatia e compaixão” que explora a diversidade do comportamento humano, como se lê na breve análise divulgada ‘online’.

Já “(Toda) a ciência em três grandes perguntas” é elogiado pela qualidade narrativa e pela leveza das ilustrações em abordar termos e conteúdos científicos, demonstrando que “a ciência não é um simples acumular de factos”.

A seleção “White Ravens” deste ano da Biblioteca Internacional da Juventude será apresentada na quarta-feira, na Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha.

Lusa

Mais Artigos