Ferrari e-Vortex: a nova pista de testes da marca do “cavallino”

A Ferrari anunciou a conclusão da E-Vortex, uma nova infraestrutura de testes situada em Fiorano Modenese, construída em apenas quatro meses e concebida para acelerar o desenvolvimento técnico dos seus desportivos, incluindo o primeiro modelo elétrico da marca, cuja apresentação oficial deverá acontecer na primavera de 2026, mas sobre o qual esta semana é possível…
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A Ferrari concluiu em tempo recorde a construção da E-Vortex, uma nova pista de testes junto ao circuito de Fiorano. O circuito já vai ser usado nos ensaios do primeiro 100% elétrico que a marca irá desvendar na primavera de 2026.
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A Ferrari anunciou a conclusão da E-Vortex, uma nova infraestrutura de testes situada em Fiorano Modenese, construída em apenas quatro meses e concebida para acelerar o desenvolvimento técnico dos seus desportivos, incluindo o primeiro modelo elétrico da marca, cuja apresentação oficial deverá acontecer na primavera de 2026, mas sobre o qual esta semana é possível que se venham a conhecer alguns pormenores, por ocasião do Capital Markets Day da Ferrari, a 9 de outubro.

Com 1.887 metros de extensão e uma área total de 37.000 metros quadrados, a nova pista foi desenhada para permitir diversos tipos de ensaios. O traçado está dividido em vários setores, cada um dedicado a aspetos específicos de desempenho e comportamento dinâmico: duas curvas largas com inclinação lateral e desnível longitudinal (subida/descida), uma reta central de 600 metros e uma sequência de curvas técnicas destinadas ao estudo do conforto e da estabilidade.

A nova pista fica ao lado do circuito de Fiorano, pista construída em 1972.

O piso, desenvolvido internamente pela Ferrari, utiliza materiais e técnicas de pavimentação que permitem uma análise detalhada do ruído, vibração e durabilidade (NVH – Noise, Vibration and Harshness), além de testar o conforto e a performance dos automóveis.

A infraestrutura inclui ainda uma mega oficina de 1.000 metros quadrados, destinada a verificações estáticas e operações de manutenção dos veículos em teste, o que contribui para otimizar os fluxos de trabalho e reduzir tempos de revisão.

Com a entrada em funcionamento da E-Vortex, a Ferrari poderá transferir progressivamente os testes dos protótipos normalmente realizados em vias públicas para o circuito, o que permitirá medições mais objetivas, em maior segurança e um controlo mais rigoroso dos parâmetros de desempenho.

A marca não diz, mas esta mudança tem também um efeito colateral curioso: reduz a probabilidade de “spy shots” — as fotografias espias que os fotógrafos das publicações automóveis fazem aos futuros modelos quando os veículos circulam camuflados nas estradas em redor das instalações dos construtores. Estas fotografias podem sempre revelar, antes do tempo e mais do que as marcas desejam, aspetos sobre os novos modelos. Ao conseguir que os Ferrari estejam num ambiente mais controlado, a hipótese destas “fugas” reduzem-se.

A marca de Maranello sublinha que a concentração dos testes nesta nova pista contribuirá igualmente para diminuir o impacto do tráfego automóvel na envolvente de Fiorano.

Segundo dados oficiais, o projeto foi concluído em menos de quatro meses, uma velocidade incomum para uma obra desta escala.

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