Inês Rocha Gouveia defendeu, esta terça-feira, o papel da educação e da formação como fundamental para a prosperidade em todos os campos da sociedade e um contributo inestimável para responder às necessidades de talento das empresas.
“A educação é o pilar que vai reparar o elevador social, que vai fomentar a coesão social, que vai trazer inovação para Portugal e para a Europa”, afirmou a presidente da Fundação Santander Portugal a encerrar a sua preleção na conferência anual do Jornal Económico, que decorre na AESE, em Lisboa.
Intitulada “9 Chaves para a Europa”, a conferência lança as bases das celebrações dos 40 anos da assinatura do tratado de adesão de Portugal à CEE, que se comemora a 1 de janeiro de 2026.
Abordando a questão “Qualificar as pessoas, fortalecer a UE”, a presidente da Fundação Santander Portugal lembrou que 80% das empresas na Europa dizem que não conseguem recrutar o talento que precisam e que não têm as competências necessárias para o futuro. Não há talento digital, não há talento STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics). Portugal não é alheio a esta realidade. “Precisamos de mais pessoas formadas nestas áreas para as empresas”, salientou. O mesmo acontece na área das alterações climáticas e da sustentabilidade.
Investir na educação, na formação, na capacitação “é a forma de Portugal se posicionar para navegar neste mar de incerteza”.
Para cimentar quer o pilar, quer o posicionamento é necessário o esforço de todos – sectores público, privado e social, empresas e startups, universidades e politécnicos. À Fundação cabe agregá-los, contribuir para que os líderes valorizem a sua formação e a dos seus colaboradores.
Ao longo dos seus cerca de três anos de existência, a Fundação Santander Portugal beneficiou mais de 304 mil pessoas em todo o país, com um investimento acumulado que ronda os 25 milhões de euros, salientou Inês Rocha de Gouveia.
A responsável referiu depois algumas das ferramentas e recursos, caso do Santander Open Academy, iniciativa sem fins lucrativos do Banco Santander que disponibiliza formação para aceder a melhores oportunidades profissionais, dezenas de parcerias com instituições de Ensino Superior e a Fundação Lego, entre muitas outras.
Recém-chegada à liderança da instituição criada pelo banco Santander Portugal, Inês Rocha de Gouveia apontou a meta: “a Fundação Santander continuará a ser um agente de mudança, trabalhando com a comunidade educativa e com os seus parceiros para impulsionar o desenvolvimento social e económico do país.”
“É através da educação e da capacitação e da formação das pessoas que vamos conseguir transformar a sociedade”, salientou.