O Centro Africano de Investigação e Inovação (ARIH, na sigla inglesa), lançado pelo Banco Africano de Exportações e Importações em janeiro, pretende gerar 59 mil milhões de euros por ano em ganhos económicos no continente através da inovação. “O ARIH vai catalisar a soberania tecnológica, o comércio intra-africano, o crescimento sustentável e a transformação estrutural das economias africanas, promovendo a investigação científica, a inovação e a comercialização de tecnologias desenvolvidas localmente”, lê-se num comunicado do Afreximbank enviado à Lusa no final da Feira Comercial Intra-Africana (IATF2025), que decorreu em Argel.
O objetivo, aponta-se ainda no texto, é “acelerar o comércio intra-africano e a transformação estrutural, explorando as ligações orgânicas entre o meio académico, a indústria e os decisores políticos através de inovações que possam ser feitas em grande escala”. O Centro, que foi criado em janeiro sob a alçada do Afreximbank, pretende “duplicar as despesas em Investigação & Desenvolvimento (I&D) para desbloquear benefícios económicos” e contrariar o “fraco desempenho do continente em termos de resultados de investigação”.
Com a participação de mais de 112.000 visitantes de 132 países, a IATF 2025, que decorreu de 04 a 10 de Setembro, terminou com 48,3 mil milhões de dólares (40,7 mil milhões de euros) em acordos comerciais e de investimento assinados ao longo dos sete dias da exposição que recebeu 2.148 expositores.
“A criação do ARIH é um momento crucial para o ecossistema científico e tecnológico de África; sinaliza o compromisso do Afreximbank em tirar partido do talento local africano e transformar o capital intelectual de África em competitividade industrial, expansão comercial e desenvolvimento sustentável”, afirmou o economista-chefe do Afreximbank, Yemi Kale.
O também diretor-geral do departamento de investigação deste banco de financiamento do comércio em África vincou que o continente contribui com menos de 3% da produção global de investigação, apesar dos desafios urgentes que enfrenta. “A nossa visão é que o ARIH seja uma plataforma transformadora que procure converter o capital intelectual em competitividade industrial e crescimento impulsionado pelo comércio, reconhecendo que uma duplicação das despesas em I&D em África para 1% do PIB poderia gerar até 70 mil milhões de dólares anualmente”, afirmou.
Na IATF 2025, o ARIH entregou 12 prémios a projetos de I&D em África e nas Caraíbas, selecionados entre os 200 projetos enviados por investigadores, académicos e cientistas que concorrem ao prémio.
Com a participação de mais de 112.000 visitantes de 132 países, a IATF 2025, que decorreu de 04 a 10 de Setembro, terminou com 48,3 mil milhões de dólares (40,7 mil milhões de euros) em acordos comerciais e de investimento assinados ao longo dos sete dias da exposição que recebeu 2.148 expositores.
(Lusa)