Teletrabalho é mais stressante, diz inquérito

Estar em teletrabalho é mais stressante, de acordo com o resultado de um inquérito realizado por alunos da Nova Information Management School (NOVA IMS), da Universidade Nova de Lisboa. O estudo conclui que 64% dos profissionais que se encontram em teletrabalho acusam o aumento nos níveis de stress em período laboral. Enquanto isso, o mesmo…
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Um inquérito de alunos da Nova Information Management School conclui que o impacto da pandemia no bem-estar dos portugueses foi mais sentido entre as mulheres e pelos jovens entre os 18 e os 24 anos.
Economia

Estar em teletrabalho é mais stressante, de acordo com o resultado de um inquérito realizado por alunos da Nova Information Management School (NOVA IMS), da Universidade Nova de Lisboa. O estudo conclui que 64% dos profissionais que se encontram em teletrabalho acusam o aumento nos níveis de stress em período laboral.

Enquanto isso, o mesmo inquérito, indica que 50% dos trabalhadores que não se encontram em teletrabalho consideram que o período do seu dia mais stressante é durante o trabalho. O resultado da pesquisa enviado à FORBES mostra também que o impacto da pandemia no bem-estar dos portugueses foi sentido principalmente entre as mulheres e pelos jovens dos 18  aos 24 anos de idade.

O diretor do marketing Analytics Lab da NOVA IMS, Diego Costa Pinto, citado pelo comunicado, refere que “com o teletrabalho, as relações entre o trabalho, a família e os momentos de descanso deterioraram-se, com jornadas mais longas, o que aumenta os níveis de stress e ansiedade entre os profissionais”.

Por outro lado, considera Diego Pinto, este período de incerteza e de maior risco de desemprego parece afetar particularmente as mulheres e os jovens. “Infelizmente, a pandemia acabou por acentuar diferenças entre as gerações e entre géneros”, frisa.

O estudo revela ainda  que 75% dos inquiridos reporta um aumento nos níveis de stress em resultado da pandemia. Entre as mulheres, este valor sobe para os 78%, enquanto nos homens cai para 61%. Outra diferença entre homens e mulheres reside nos momentos em que a ansiedade mais se faz sentir. Enquanto para a maioria das mulheres os níveis de stress sobem, sobretudo durante o trabalho (56%), para os homens os momentos de maior stress são durante os momentos de descanso e com a família (53%).

Já ao longo da vida, é nos jovens que a pandemia mais parece ter deixado marcas: 90% dos jovens entre os 18 e os 24 anos revela um aumento nos níveis de ansiedade, seguidos pela faixa etária dos 25 aos 34 anos de idade. São também os jovens quem mais assume já ter sentido a necessidade de pedir apoio.

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