De passagem por Lisboa, vinda de Madrid e a caminho de Maputo, Eldevina Materula, a mulher, a solista de oboé, mas também a ministra da cultura e do turismo de Moçambique, cruzou-se com a Forbes para falar de si, dos seus projetos e do seu país.
“Quando tomei posse em janeiro de 2020, o mundo ainda não tinha sido atingido pela pandemia. Tivemos de nos reinventar e o balanço é positivo. Mas Moçambique enfrenta outros desafios para além da pandemia. Fomos confrontados com dois grandes ciclones que devastaram sobremaneira o nosso país e que naturalmente provocou uma desaceleração no crescimento do setor. Por outro lado, estamos a ser assolados pelo terrorismo em Cabo Delgado uma ação que não está só a acontecer em Moçambique, mas nos vários países vizinhos ao longo do Grande Lago Niassa”. Mas a governante tem um olhar esperançoso sobre a realidade “Moçambique tem quase 3.000 quilómetros de costa. Se pensarmos que Cabo Delgado é a província mais a norte e Maputo, a capital, é a província mais a sul e aquela que consideramos a capital do turismo, Inhambane, está a cerca de 500 quilómetros de Maputo, vamos constatar que a diferença de Maputo para Cabo Delgado é a mesma daqui para Moscovo ou daqui para a Noruega”. Acrescente-se o facto de ser um dos países de África e do mundo com menos casos covid. Inhambane que é uma pequena província que contribui com um pouco mais de sessenta por cento das receitas do turismo praticamente não tem casos de pandemia”.
Turismo, cultura e um percurso resiliente para ler na íntegra na edição Forbes que está nas bancas.