Há 25 anos, o produtor de vinhos Quanta Terra nasceu com a visão de criar vinhos que fossem expressões artísticas do Douro. Para assinalar “esse compromisso com a autenticidade, criatividade e identidade”, a empresa lança o “Quanta Terra Íris”, uma edição colaborativa, limitada a 250 garrafas de cinco litros, criada com o artista Alexandre Farto aka Vhils.
As garrafas foram intervencionadas manualmente pelo artista, diretamente sobre o vidro, com os traços de um olhar humano.
Cada peça é assinada e numerada, fazendo de cada garrafa uma escultura, uma fusão de arte visual e enologia.
“O vidro é um material simbólico e paradoxal, simultaneamente frágil e resistente. Trabalhar sobre o vidro é um processo de revelação – do território, da matéria, da identidade, do visível e invisível. O resultado final nasce do encontro entre duas formas de expressão – a arte e o vinho – e convida-nos a percecionar com mais intenção aquilo que nos liga ao mundo”, refere Vhils.
O “Quanta Terra Íris” chega ao mercado a 1695€ a unidade. Cada garrafa tem intervenção artística direta sobre o vidro e assinatura do artista, inspirada na íris como símbolo de identidade. O vinho, um tinto 2019, criado por Celso Pereira e Jorge Alves, traduz a força do Douro em camadas de fruta preta, especiarias e mineralidade.
A chegar ao mercado em outubro, já é possível fazer parte da lista de espera através do registo nesta página.
“Fazer vinho é, para mim, um ato de criação, mas também de escuta: escutar a terra, a vinha, o tempo. A Íris é a expressão pura do Douro, mas também um convite à contemplação, tal como uma obra de arte”, diz o enólogo Celso Pereira. Para o também enólogo Jorge Alves, “quando se prova este vinho, percebe-se que há uma história contida em cada gota”. “Não foi pensado apenas para ser consumido, mas para ser sentido com tempo — como um quadro ou uma escultura que vai revelando detalhes à medida que se observa”, adianta.
Mais do que um produtor de vinhos, a Quanta Terra tem vindo a afirmar-se como um agente cultural do interior, promovendo o diálogo entre vinho, arte e território. Celso Pereira e Jorge Alves, enólogos fundadores da marca, mantêm o lema de “reforçar a importância da valorização do interior”, abrindo as portas da antiga destilaria da Casa do Douro a várias formas de arte, sem nunca esquecer “o papel do vinho como motor da economia do território”.
Distinguido com dois prémios Best of Wine Tourism – Arte e Cultura (2023 e 2025) pelas Great Wine Capitals, o espaço Quanta Terra tem vindo a tornar-se um palco de manifestações culturais, de acesso gratuito, como os próprios enólogos fazem questão de sublinhar.