Delta Cafés: “Faltam 12 andares para atingir o Top10”

O grupo Nabeiro-Delta Cafés reitera que se mantém na cruzada de atingir o Top10 do ranking das maiores empresas de café a nível mundial. O CEO do grupo de Campo Maior, Rui Miguel Nabeiro, garantiu, à margem da apresentação da Delta House, a nova marca que reúne as marcas alimentares sob uma identidade única, que…
ebenhack/AP
O grupo Nabeiro-Delta Cafés lançou a nova Delta House, que reúne as marcas alimentares sob uma identidade única. Esta estratégia, garante o seu CEO, Rui Miguel Nabeiro, ajudará a subir os “12 andares” que faltam até ao Top10 das maiores empresas de café do mundo.
Negócios

O grupo Nabeiro-Delta Cafés reitera que se mantém na cruzada de atingir o Top10 do ranking das maiores empresas de café a nível mundial. O CEO do grupo de Campo Maior, Rui Miguel Nabeiro, garantiu, à margem da apresentação da Delta House, a nova marca que reúne as marcas alimentares sob uma identidade única, que faltam “12 andares” para atingir o Top10 do ranking das maiores empresas de café do mundo. O lançamento desta nova marca umbrela dará uma ajuda para concretizar esta meta.

Para atingir este patamar, Rui Miguel Nabeiro sublinhou que o plano “é continuarmos este caminho. Acredito que esta estratégia também nos vai ajudar nesse caminho, porque hoje quando chegamos a um cliente já não vendemos só café, temos um portfólio muito interessante de marcas” onde estão aquelas que não são do grupo, mas são conhecidas e muito fortes detalhou.  Por isso, acabam “por nos ajudar na relação com o cliente e facilitar a vida ao cliente, portanto isso dá-nos também mais poder negocial, mais capacidade de alavancar as vendas e isso dá-nos uma força diferente”, explicou ainda o CEO do grupo Nabeiro-Delta Cafés.

O gestor explicou que até ao início de 2026, um camião fará um roadshow de Norte a Sul que irá dar a conhecer as marcas que o grupo distribui assim como a marca principal que é o Delta House. O Delta House On Tour vai percorrer as principais cidades de Portugal, levando as marcas a 24 cidades, 36 localidades durante 33 semanas. Depois de um “um grande investimento” na chancela Delta House que obrigou a mudar não só a estrutura do site, mas toda a plataforma que o grupo usa, Rui Miguel Nabeiro acredita que “vai, de facto, ajudar a melhorar as nossas vendas, o ticket, a experiência também de compra dentro da loja online e, para já, os resultados são muito animadores”. E realçou que com esta mudança “permitimos às pessoas perceber que o grupo de Nabeiro tem um conjunto de marcas mais alargado do que apenas a Delta, que é a marca mais conhecida. Mas, também, é uma coisa que eu gosto de dizer, a Delta House serve também para proteger a Delta” que é de cafés e está dentro da umbrela Delta House que também lança, por exemplo, gelados.

 

O novo site já está disponível em Portugal, mas também vai estar, nos outros mercados em que o grupo está presente: “Espanha, França, Luxemburgo, Suíça e também Brasil, são os mercados onde hoje já temos o site mydeltaq.com a funcionar e onde já vendemos. Aquilo que gradualmente vamos fazer é a substituição de mydeltaq.com por thedeltahouse.com ou seja, o cliente é redirecionado e começa a conhecer melhor o site thedeltahouse.com”.

O gestor admitiu ainda a intenção de aumentar o portfólio de marcas ao afirmar que “do ponto de vista de inovação, agora lançámos os Unboring Snacks, mas temos sempre marcas novas que estamos a pensar”.

Rui Miguel Nabeiro explicou que “o modelo de inovação interno tem muita tração não só para a categoria de cafés, mas também para todo este posicionamento, sobretudo na área alimentar, daquilo que são produtos que nós lançámos, muito de alimentação saudável”. E destacou marcas como a Why Not que é toda feita com produtos biológicos, os gelados da Swee que tem menos açúcar, o Unboring Snacks que tem menos sal, para demonstrar que “há uma perspetiva naquilo que são as marcas que lançámos, sempre muito ligadas a esta categoria de alimentação saudável e sempre que o produto seja bom”.

De acordo com Rui Miguel Nabeiro, a área não-café já representa 22% das vendas do grupo. “São 120 milhões de euros em todas estas categorias que não são café, obviamente, muitas delas são produtos que são nossos, mas a maioria são produtos que nós distribuímos”. Portugal e Angola são os dois mercados que têm um maior peso para as vendas destas categorias.

Questionado sobre o desempenho do negócio nos primeiros seis meses do ano, Rui Miguel Nabeiro realçou que “do ponto de vista de faturação, o número é grande, crescemos 18% no primeiro semestre”. No entanto, admitiu que é um comportamento “muito alavancado por aumentos de preço, porque a matéria-prima obrigou-nos a subir. Na verdade, os aumentos são o que são, mas não me posso queixar, não foi um primeiro semestre mau, não caímos em volume, que era uma preocupação muito grande, mas naturalmente não me posso queixar”. E salientou que “fico muito satisfeito, em particular uma ótima performance que continuamos, no primeiro semestre, em Espanha que continua a crescer acima de 20%, o que é muito bom, e continuamos a acelerar. Na Polónia também com a Biedronka temos uma ótima performance, já perto dos 30% de quota de mercado, portanto foi de facto um bom primeiro semestre”.

Quanto às perspetivas para o segundo semestre realça que “é continuarmos este bom ritmo e fecharmos bem o ano. Estou otimista em relação ao segundo semestre”.

Mais Artigos