Opinião

Investimento imobiliário em Portugal é sustentável

Rita Fernandes

Portugal tem vindo a afirmar-se como um dos mercados imobiliários mais sólidos e sustentáveis da Europa. Num contexto global marcado pela incerteza económica e pela volatilidade dos ativos financeiros, o imobiliário português manteve uma trajetória de crescimento sustentado, atraindo tanto investidores nacionais como internacionais que procuram segurança, estabilidade e valorização a longo prazo.

O mercado português distingue-se pela sua resiliência. Mesmo perante os desafios impostos pela pandemia e pelas alterações macroeconómicas recentes, a procura por ativos imobiliários de qualidade não abrandou. Pelo contrário, cidades como Lisboa, Porto e Setúbal continuam a registar um interesse crescente, alimentado por uma combinação única de qualidade de vida, segurança, acessibilidade e um sistema jurídico confiável.

Investir em imobiliário em Portugal é, hoje, uma escolha estratégica para quem valoriza o equilíbrio entre retorno financeiro e investimento sustentável. Não falamos apenas de sustentabilidade ambiental, embora esta seja cada vez mais relevante com a crescente procura por edifícios eficientes e amigos do ambiente. Falamos também de sustentabilidade económica e social: projetos que respeitam a identidade dos bairros, que integram reabilitação urbana, que apostam na mobilidade e na integração dos espaços públicos.

O perfil do investidor também evoluiu. Se antes o principal objetivo era a rentabilidade imediata através do arrendamento ou da revenda rápida, hoje o foco está na aquisição de imóveis com potencial de valorização sustentada, em zonas com projetos de requalificação em curso, boas acessibilidades e qualidade arquitetónica. A aposta é clara em ativos que ofereçam não apenas retorno, mas também significado e valor acrescentado.

Lisboa continua a liderar como destino de investimento, mas é nas zonas emergentes e em cidades como Setúbal que muitos investidores começam a identificar novas oportunidades. A expansão da rede de transportes, os projetos de reabilitação urbana e a crescente aposta em infraestruturas de qualidade estão a transformar estas zonas em polos de atração para residentes e investidores.

O regime fiscal português, com instrumentos como o Estatuto de Residente Não Habitual e o Golden Visa, deixou de ter um papel determinante na atração de investimento imobiliário devido às alterações recentes. No entanto, a atratividade de Portugal mantém-se, sustentada por fatores estruturais como a estabilidade política, a localização estratégica e a qualidade de vida — elementos que continuam a posicionar o país como um destino sólido e seguro para investir.

A sustentabilidade do mercado imobiliário português reside na sua capacidade de oferecer ativos com valor intrínseco. Imóveis que preservam a história, que incorporam inovação tecnológica e eficiência energética, que proporcionam qualidade de vida e que se posicionam em zonas com dinâmica de crescimento a médio e longo prazo. Estes são os ativos que resistem às flutuações dos ciclos económicos e que continuam a gerar retorno consistente.

Num mundo onde a estabilidade se tornou um ativo raro, Portugal destaca-se por oferecer uma combinação de fatores difícil de igualar. Investir em imobiliário aqui é apostar num mercado que soube crescer com equilíbrio, que valoriza a autenticidade e que continua a projetar-se para o futuro com responsabilidade. É, em última análise, investir num ativo tão tangível quanto seguro, num país onde viver e investir andam lado a lado.

Rita Fernandes,
Diretora comercial Addsolid

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