Carros Voadores: Toyota vai investir 500 milhões de dólares no fabricante Joby Aviation

A Toyota Motor, gigante japonês do setor automóvel, anunciou que vai investir 500 milhões de dólares (cerca de 457 milhões de euros) na Joby Aviation, para assim apoiar a empresa americana de táxis aéreos eléctricos no lançamento dos seus serviços comerciais de passageiros, que deverão arrancar já no próximo ano. A Toyota torna-se assim o…
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A Toyota investe 500 milhões de dólares na Joby Aviation, um fabricante norte americano de táxis aéreos, empresa também apoiada pela Uber, pela SK Telecom, pela Intel Capital e pela Baillie Gifford.
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A Toyota Motor, gigante japonês do setor automóvel, anunciou que vai investir 500 milhões de dólares (cerca de 457 milhões de euros) na Joby Aviation, para assim apoiar a empresa americana de táxis aéreos eléctricos no lançamento dos seus serviços comerciais de passageiros, que deverão arrancar já no próximo ano.

A Toyota torna-se assim o maior acionista externo de Joby, já que este o investimento da Toyota se soma à injeção de 394 milhões de dólares realizada em em 2020. O novo financiamento será feito em duas parcelas iguais, com a primeira prevista para o final do ano e a segundam para 2025, anunciaram as duas empresas. O investimento, ainda sujeito a aprovação das entidades regulatórias, será feito sob a forma de dinheiro em troca de ações ordinárias.

Segundo a Morgan Stanley, os táxis voadores elétricos poderão constituir um mercado de mais de mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros) até 2040.

A Joby utilizará as receitas para a certificação e produção comercial dos seus táxis aéreos eléctricos. A empresa, cotada na bolsa de Nova Iorque – fundada há15 anos, dispersou o seu capital em 2021 -, afirmou que pretende iniciar os serviços comerciais no Dubai em finais de 2025, transportando passageiros do Aeroporto Internacional do Dubai para a icónica ilha artificial em forma de palmeira, a Palm Jumeirah.

O avião para o efeito, que aguarda ainda a aprovação da Administração Federal de Aviação dos EUA, foi concebido para transportar quatro passageiros e um piloto a velocidades até 200 milhas por hora, e, num voo de teste, á voou mais de 150 milhas com uma única carga.

Toyota já tinha liderado ronda de investimento em 2020

“Com este investimento adicional, estamos entusiasmados por ver a Joby certificar o seu avião e passar à produção comercial”, afirmou Tetsuo Ogawa, presidente e diretor executivo das operações da Toyota na América do Norte, no comunicado. “Partilhamos a visão da Joby de que o voo sustentável será fundamental para aliviar os desafios de mobilidade persistentes atualmente”, diz.

A Toyota, liderou, em 2020 liderou a ronda de investimento de 590 milhões de dólares (cerca de 539 milhões de euros) na Joby, ronda esta que contou com a participação de investidores como Intel Capital e Baillie Gifford, uma empresa de investimento escocesa que apoiou os gigantes da tecnologia Amazon e Tesla. Joby também atraiu anteriormente investimentos da SK Telecom, o gigante das telecomunicações da Coreia do Sul, controlado pelo bilionário Chey Tae-won, e da Uber Technologies, entre outros.

A Toyota tem apostado nos últimos anos em tecnologias de transporte futuristas, na esperança de eventualmente adicioná-las à sua linha de produtos que incluem já veículos elétricos e carros híbridos.

A empresa, fundada há 15 anos e cotada na bolsa de Nova Iorque, afirmou que pretende iniciar os serviços comerciais no Dubai em finais de 2025

A sua empresa de capital de risco, sediada em Silicon Valley, a Toyota Ventures, já investiu na May Mobility, uma empresa americana de transporte autónomo, e na Ion Storage Systems, um fabricante americano de baterias de estado sólido, que prometem aumentar a capacidade de armazenamento de energia dos veículos elétricos.

Segundo a Morgan Stanley, os táxis voadores elétricos poderão constituir um mercado de mais de mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros) até 2040. Outras empresas que também estão a apostar mercado emergente incluem o conglomerado sul-coreano Hanwha, que apoiou a Overair, uma empresa americana que desenvolve táxis aéreos, e o gigante tecnológico chinês Tencent, que investiu na rival alemã Lilium.

(Com Zinnia Lee/Forbes International)

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