CEO da CrowdStrike, que provocou o apagão informático, pede desculpas

O mundo enfrentou na passada sexta-feira um apagão informático que afetou vários setores como transportes, os media ou os mercados financeiros que trabalham sob o sistema Windows da Microsoft e que recorrem à solução informática Falcon Sensor do grupo de cibersegurança norte-americano CrowdStrike. Depois desta crise informática, o cofundador e atual CEO da CrowdStrike, George…
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O cofundador e atual CEO da CrowdStrike, George Kurtz, veio a público pedir “profundas desculpas” pelo apagão informático, mas não se livrou de ficar 250 milhões de dólares mais pobre.
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O mundo enfrentou na passada sexta-feira um apagão informático que afetou vários setores como transportes, os media ou os mercados financeiros que trabalham sob o sistema Windows da Microsoft e que recorrem à solução informática Falcon Sensor do grupo de cibersegurança norte-americano CrowdStrike.

Depois desta crise informática, o cofundador e atual CEO da CrowdStrike, George Kurtz, veio a público pedir “profundas desculpas” numa entrevista ao canal de televisão norte-americano NBC News.

George Kurtz disse que “lamentamos profundamente o impacto que causamos aos clientes, aos viajantes e a qualquer pessoa afetada, incluindo a nossa empresa”.

O CEO da CrowdStrike sublinhou que “muitos dos clientes estão a reiniciar o sistema, que estará operacional”, mas assumiu que ainda “pode levar algum tempo para que alguns sistemas que não vão se recuperar automaticamente”. Para estas situações, George Kurtz salientou que a empresa que lidera “garantirá que todos os clientes sejam totalmente recuperados”.

O cofundador da empresa de cibersegurança já tinha atribuído a falha informática a um erro numa atualização da ferramenta Falcon, afastando o cenário de um incidente de segurança ou ciberataque. “Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implementada”, garantiu numa publicação na rede X.

Apesar do pedido de desculpas o apagão teve impacto na fortuna do gestor. De acordo com as contas da Forbes, Geroge Kurtz ficou 7,5% mais pobre ao perder cerca de 250 milhões de dólares, montante que traduz a queda no valor de mercado das ações da CrowdStrike na Bolsa de Nova York.

Na lista de 2024 da Forbes, o gestor surgia na posição 1.033 das pessoas mais ricas do mundo, com uma fortuna avaliada em 3,1 mil milhões de dólares. Depois da hecatombe informática passou a figurar “apenas” na posição 1.073.

O dono da CrowdStrike nasceu em New Jersey tem 53 anos, é casado e tem dois filhos, com quem mora em Paradise Valley (Arizona). É conhecido como sendo especialista em segurança, autor, empreendedor e palestrante, com mais de 30 anos de experiência.

Antes desta empresa com sede em Austin (Texas), George Kurtz fundou a empresa de tecnologia de segurança Foundstone, em 1999, que foi adquirida pela McAfee em 2004. Em 2011 fundou a CrowdStrike com Dmitri Alperovitch que, acabou por deixar a empresa.

Com Forbes Internacional/Giovanna Simonetti e Olívia Bulla

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