A Caixa Geral de Depósitos (CGD) é a marca nacional, na área da banca, que mais cresceu de valor em 2024, segundo o relatório Brand Finance Banking 500 2004. Com um crescimento de 43%, a marca portuguesa foi avaliada em cerca de 952 milhões de euros, ficando entre os 20 bancos com maior crescimento a nível mundial.
Este ranking internacional, liderado pelo Industrial and Commercial Bank of China (ICBC), cujo valor da marca ascende a 67 mil milhões de euros, conta ainda mais duas marcas portuguesas, o Millennium BCP, com um valor que ascende a 954 milhões de euros – superior ao da CGD, posicionando-se no primeiro lugar nacional – e o BPI, que vale 247 milhões de euros, o terceiro mais valioso em Portugal. O Millennium BCP, o maior banco privado, cotado em bolsa, aumentou 3% o seu valor e eleva assim o seu rating para AAA-, muito devido aos resultados apresentados em 2023, em que os lucros quadruplicaram para um recorde de 856 milhões de euros.
O Millenium BCP é a marca de banco português mais valiosa, segundo a lista da Brand Finance, avaliada em 954 milhões de euros, logo seguido da CGD, com 952 milhões de euros.
Também os resultados de 2023 da Caixa Geral de Depósitos mostram um crescimento em todas as áreas-chave, incluindo o valor da marca, o lucro líquido, o total de ativos e o número de agências.
“O ano de 2023 foi de movimentos no setor bancário português que marcaram a sua concentração e consolidação. Um dos movimentos mais significativos foi a aquisição do Novo Banco pelo banco espanhol CaixaBank. Os principais bancos do país consolidam a sua posição entre as 500 instituições mais valiosas do mundo”, afirma Pilar Alonso Ulloa, managing diretor Iberia (Espanha, Portugal) e América do Sul, da Brand Finance.
O valor da marca é entendido como o benefício económico líquido que o proprietário de uma marca obteria com o licenciamento da marca no mercado aberto. A força da marca é a eficácia do desempenho de uma marca em medidas intangíveis em relação aos seus concorrentes.
Bancos chineses e americanos dominam a lista
A lista das marcas mais valiosas na área da banca é liderada pelos bancos chineses e norte-americanos: a soma do valor das 52 marcas chinesas e das 72 marcas norte-americanas representa mais de 50% do valor total deste setor. Em apenas 10 anos, o valor conjunto das 500 marcas quase duplicou, atingindo um recorde de 1,35 biliões de euros.
O sector bancário chinês está a recuperar e coloca os quatro grandes bancos à frente dos americanos. O ICBC continua a ser a marca bancária mais valiosa do mundo pelo oitavo ano consecutivo, seguido do China Construction Bank, o Agricultural Bank of China e o Bank of China que ocupam o segundo, terceiro e quarto lugares, respetivamente.
O Bank of America, o primeiro banco americano na lista, posicionado em quinto lugar, registou um ligeiro declínio no valor da sua marca, de 6,6% mas mantém-se como o banco americano mais valioso pelo quarto ano consecutivo. O Wells Fargo, que ocupa o sexto lugar na classificação geral, reduziu a diferença em relação ao seu concorrente americano, com um aumento de 5% para um valor de marca de 33,4 mil milhões de euros.
A marca bancária mais valiosa do mundo é a do chinês ICBC que se mantém nesta posição há oito anos consecutivos. A mais forte do mundo é a do BCA, banco da Indonésia.
O BCA, da Indonésia é a marca bancária mais forte do mundo, com uma pontuação no Índice de Força da Marca (BSI) de 93,8 em 100 pontos e uma classificação de elite AAA+. Três marcas africanas, o Equity Bank, o First National Bank e o Kenya Commercial Bank, bem como a Banca Transylvania da Roménia, estão entre as cinco marcas mais fortes do mundo, com classificações AAA+.
“À medida que as principais marcas bancárias do mundo atingem novos patamares, os megabancos chineses continuam a dominar o topo da classificação do valor da marca. Outra descoberta importante do nosso estudo de mercado é que os bancos locais estão cada vez mais a eclipsar os seus congéneres maiores em termos de força da marca. As marcas dominantes prosperam em mercados únicos com concorrência limitada, enquanto os bancos que se expandem para vários mercados podem aumentar com sucesso o valor da sua marca, mas correm o risco de diluir a sua força”, explica David Haigh, presidente e diretor executivo da Brand Finance.
