55% dos líderes em finanças querem mais tecnologia na sua área

Uma pesquisa realizada em 31 países, a que a FORBES teve acesso, revela que 83% das organizações deseja aumentar o tempo gasto com parcerias de negócios financeiros, enquanto 55% dos líderes em finanças afirma que a sua equipa precisa aprimorar as habilidades tecnológicas, sendo que outros 47% considera que o departamento que orientam não combinam…
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Estudo sobre finanças realizado em 31 países aponta que 83% das organizações deseja aumentar o tempo gasto com parcerias de negócios financeiros e ainda aprimorar competências na área tecnológica.
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Uma pesquisa realizada em 31 países, a que a FORBES teve acesso, revela que 83% das organizações deseja aumentar o tempo gasto com parcerias de negócios financeiros, enquanto 55% dos líderes em finanças afirma que a sua equipa precisa aprimorar as habilidades tecnológicas, sendo que outros 47% considera que o departamento que orientam não combinam com certas aptidões para atender o seu potencial futuro.

O estudo refere que antes da pandemia da Covid-19, muitas funções de finanças em várias organizações e setores já atravessavam uma transformação, sendo que as empresas com olhos no futuro já avaliam os seus modelos operacionais, que apontavam para um conjunto de desafios e impulsionadores, que incluía gerenciamento de custos, entrega de valor, atração e retenção de talentos, uso eficiente de tecnologia e automação e conformidade com novos regulamentos.

Sobre as vagas de trabalho, a pesquisa aponta que os setores com os maiores aumentos nas disponibilidades de finanças (2020-21) foram o Capital de Risco & Private Equity (+6.27%), Investment Banking (+3.77%), Online & Digital (+3.7%), Saúde (+3.31%), Energia Renovável & Meio Ambiente (+3.14%), Serviços Financeiros (+1.8%), Relações Governamentais (+1.7%) e Pesquisa (+1.2%).

No entanto, em muitos outros setores, incluindo Capital de Risco e Private Equity (+6%), Investment Banking (+4%), Online e Digital (+4%) e Saúde (+3%), o estudo destaca que o recrutamento para profissionais de finanças caminhou na contramão da tendência geral, tendo-se observado, de fato, um aumento nas vagas de emprego em 2020.

O impacto da Covid-19

“A Covid-19 afetou todas as funções de negócios em organizações de todos os setores. Em alguns casos, as mudanças provocadas por esta pandemia se mostraram positivas para o crescimento da receita, em particular, setores economicamente críticos, como serviços financeiros e saúde, ao passo que o desempenho de outros setores, como lazer & turismo e eventos, foram impactados significativamente”, refere o inquérito.

Por outro lado, o estudo aborda que o impacto foi global, resultando nas prioridades que provocaram mudanças nos modelos de negócios e nas cadeias de suprimentos, bem como nas funções de back office, como finanças.

Os setores com o maior declínio nas vagas de finanças (2020-21) também foram apontados. Lazer, Viagem & Turismo (-4.7%), Hospitalidade (-3.30%), Eventos (-2.8%), Entretenimento (-1.7%) e Vestuário & Moda (-1.5%)  dominam a lista dos setores que por conta da pandemia registaram, segundo o estudo, o maior declínio.

Para os setores que foram impactados negativamente – como varejo, construção e lazer e turismo – a mudança nos negócios se reflete no declínio das contratações de profissionais de contabilidade e finanças no ano passado.

Congelamento do quadro de funcionários

O estudo que envolveu mais de 5 mil profissionais e 2200 empresas, concluiu que o maior e mais esperado impacto para a função de finanças neste ano tenha sido a pausa inicial no quadro de funcionários – com 40% das empresas ao redor do mundo a congelarem temporariamente as contratações na área de finanças.

“Não surpreendentemente, o setor de Hotelaria, Lazer e Desportos apresentou o maior índice de congelamento de funcionários dentro da função de finanças – com até 90% das empresas a deixar de contratar ativamente profissionais de finanças no decurso da pandemia. Os setores que menos adotaram medidas em relação à sua função de finanças para conter qualquer impacto da Covid-19 foram os serviços bancários e financeiros, de tecnologia, jurídico, de seguros e os grandes escritórios de contabilidade”, aponta o documento.

O inquérito concluiu ainda que com a chegada da pandemia, os líderes empresariais imediatamente atribuíram à sua função de finanças a entrega de planos de contingência – avaliando fatores críticos em todos os níveis, como a capacidade de permanecer aberto, a viabilidade financeira do trabalho remoto e o número de funcionários.

Durante a Covid-19, a função de finanças atuou como um sistema de apoio e assistência a muitos departamentos – com um terço dos profissionais de finanças a declararem que trabalharam mais estreitamente com operações, seguido por TI (26%), RH e jurídico (26%) e marketing e vendas (21%).

Portugal, África do Sul, Canada, Índia, Brasil e Espanhas fazem parte dos 31 países que participaram no estudo, realizado pela Consultora Global de Recrutamento – Robert Walters, com mais de 5.500 profissionais. A pesquisa serviu para descobrir quais são os fatores que continuarão a impulsionar as mudanças na função de Finanças nos próximos anos.

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