1. Privilegiar a competência em detrimento da senioridade na escolha das lideranças e nos processos de tomada de decisões: É verdade que “não há algoritmo de compressão para a experiência” – esta é uma das minhas citações favoritas do CEO da Amazon. Mas não é menos verdade que todo o tipo de organizações pode beneficiar em larga medida das qualificações, modelos mentais e ideias das gerações mais jovens. Estas oportunidades não só garantem maior representatividade e favorecem a capacidade de inovação, mas também se podem transformar em sistemas de atração e retenção de talento.
2. Integrar elementos de debate, inovação e mentoria como sistemas formais de educação: Fala-se muito da panóplia de novas competências tecnológicas às quais o sistema de ensino tem de adaptar-se. No entanto, há tantas outras, mais tradicionais, mas igualmente necessárias – o pensamento crítico, a capacidade de estruturação e comunicação de ideias, ou a pesquisa e argumentação com base em dados, factos e fontes credíveis -, às quais o sistema tradicional também ainda não responde na medida certa e que estes elementos fomentam.
3. Desenvolver mais e melhores mecanismos de participação para a diáspora portuguesa: Não é novidade que o conceito de “fuga de cérebros” está a dar lugar ao de “circulação de cérebros”. Tem-se tornado mais óbvio o valor na diversidade de experiências e, consequentemente, menos óbvia a emigração de sentido único que só se reverte pelo regresso ao país de origem. Assim, é urgente alavancar o talento português que vive além-fronteiras (sobretudo aqueles cuja educação foi um investimento nacional) para a criação de valor em Portugal, mesmo enquanto não-residentes.