100 ideias para Portugal: a opinião de Gonçalo Santos Lopes – Country Manager da Visa em Portugal

1. Promover a ‘inovação aberta’ A inovação é um elemento vital para impulsionar o crescimento económico e a competitividade de Portugal. Uma abordagem que pode trazer resultados promissores é a sua fomentação através da implementação de programas de ‘inovação aberta’, que favorecem a partilha de conhecimento e recursos e a colaboração entre empresas, instituições públicas…
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O country manager da Visa em Portugal, Gonçalo Santos Lopes, aceitou o desafio da Forbes para pensar Portugal. Defende que a inovação é vital para impulsionar o crescimento económico.
Líderes

1. Promover a ‘inovação aberta’

A inovação é um elemento vital para impulsionar o crescimento económico e a competitividade de Portugal. Uma abordagem que pode trazer resultados promissores é a sua fomentação através da implementação de programas de ‘inovação aberta’, que favorecem a partilha de conhecimento e recursos e a colaboração entre empresas, instituições públicas ou privadas e outras entidades. Ao incentivar a adotação deste modelo, Portugal beneficiará significativamente vários setores, da tecnologia à saúde ou energia.

Um exemplo inspirador de ‘inovação aberta’ é o Visa Innovation Program Europe (VIPE), um programa que reúne vários players para formar, discutir, criar redes e promover o desenvolvimento no ecossistema das fintechs. Esta colaboração impulsiona o crescimento e a criação de novos produtos e serviços, passíveis de estimular a economia, tanto dos consumidores como dos comerciantes.

Iniciativas como o sistema de pagamento contactless no Metro de Lisboa demonstram como a ‘inovação aberta’ pode melhorar a experiência do consumidor e melhorar a eficiência dos serviços públicos. Ao facilitar a colaboração entre empresas de tecnologia, operadores de transporte e autoridades governamentais, por exemplo, Portugal poderá impulsionar de forma mais assertiva a inovação e uma economia mais dinâmica e competitiva.

2. Solidificar a confiança no Turismo

Em Portugal, todos temos consciência do papel fundamental que o turismo desempenha na economia nacional, e na Visa, acreditamos que os pagamentos digitais são um meio para desenvolver e reforçar o crescimento deste setor. De acordo com o Turismo de Portugal, em 2023, verificou-se um crescimento de 34,8% nas receitas, o que indica uma recuperação notável, após a quebra dos últimos anos. Perante o peso desta área, a Visa, acredita que devem existir medidas ou programas de incentivo a uma maior disponibilização de pagamentos digitais no setor.

Com o objetivo de proporcionar uma melhor experiência aos atuais turistas e atrair novos em países como a Grécia ou a Turquia, por exemplo, já trabalhamos em coordenação com diversas entidades públicas. Permitir que os turistas recorram ao método de pagamento que preferem, proporciona-lhes um acesso fácil e rápido a inúmeros serviços (destacamos os transportes e o comércio) e uma experiência geral mais positiva.

O incentivo aos pagamentos digitais possibilita, também, análises preditivas, essenciais para que instituições e organismos de turismo, hotelaria e restauração, identifiquem e desenvolvam melhores estratégias para reter e atrair novos visitantes.

3. Promover a inclusão económica

Uma economia inclusiva e sustentável é aquela que proporciona oportunidades equitativas a todos. Neste ponto, enfatizamos o papel fundamental das PME, que empregam milhões de portugueses, em inúmeros setores e que contribuem de forma significativa para o crescimento económico do país. É essencial apoiá-las no seu caminho rumo à digitalização, através de programas e medidas concretas. Promover a inclusão, não só impulsiona a inovação e a eficiência, mas também permite que um maior número de empresas participe ativamente na economia digital.

A Visa reconhece a importância das PME e está a desbravar caminho nesse sentido. As PME portuguesas necessitam de ter acesso a mais ferramentas que lhes permitam expandir os seus negócios e alcançarem novos mercados: referimo-nos a soluções digitais avançadas, para receber e efetuar pagamentos, apoio e capacitação para a transição online.

Em resumo, ao promover a ‘inovação aberta’, construir confiança no turismo e promover a responsabilidade e inclusão económica, Portugal pode criar um ambiente mais favorável ao crescimento económico sustentável e à prosperidade de todos os seus cidadãos e empresas.

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