Optaria por três políticas ou medidas cuja implementação favoreceria, no meu entender, a competitividade da economia nacional.
1. É urgente inverter o percurso de perda de competitividade fiscal que o País tem vindo gradualmente a verificar ao longo dos últimos anos. Não é possível Portugal continuar, dentro dos países da OCDE, com uma das maiores cargas fiscais sobre as empresas. Aliviar a carga fiscal sobre as empresas é o fim. Retomar a reforma do IRC e dotar o sistema fiscal de previsibilidade e simplicidade são os meios.
2. Igualmente premente é avançar com a redução de custos de contexto, que continuam a travar e penalizar o empreendedorismo e a inovação no País.
3. E por último, o País deve desenhar uma estratégia industrial, alinhada ou não com a tão propalada “reindustrialiazação europeia”, para responder aos desafios da competitividade, valorizando as indústrias tecnológicas e o seu contributo para a indústria, dita tradicional e de inovação de produto, sem perder assim de vista as chamadas indústrias de base produtora de commodities. Sem uma aposta clara na reindustrialização do tecido empresarial nacional, a economia não será capaz de inovar ou criar empregos qualificados, sobretudo num contexto de sustentabilidade e digitalização.