O nosso país, ainda que pequeno, é excelente. Clima, pessoas, diversidade, geografia e um sistema social que, não sendo perfeito, é muito melhor do que muitos que conhecemos, afastam a construção social de que “lá fora é que é bom!”, que persistimos em manter.
Construção que, a manter-se, tornará o país ainda mais pequeno e sem recursos para alimentar uma transformação que não pode ser conseguida com uma população envelhecida. Uma das primeiras medidas a adotar para consolidar o desenvolvimento em Portugal passa por desconstruir o estigma de que “lá fora é que é bom!” Parece simples, mas não é. Pressupõe medidas de retenção de talentos, recultivar o orgulho pela nossa nação e políticas ativas de rejuvenescimento da população. Reter talentos propicia maior satisfação e, consequentemente, maior orgulho no país e a sua retenção. Esta retenção tem que assentar em políticas de incentivo, melhores salários e subsídios de regresso, descontos e outras bonificações. Medidas que, sendo necessárias, não satisfazem os espíritos aventureiros e despretensiosos de uma geração que não vê no dinheiro a forma final da sua felicidade. Produtividade, valorização, desafios constantes e equilíbrio entre família e trabalho devem ser o mote para a sua fixação.
Ainda na saga de mostrar que “lá fora é bom, mas cá dentro é melhor”, importa valorizar os produtos endógenos, estimulando e promovendo os produtos nacionais e, com isso, incentivar a produção e o consumo nacional, assim como a exportação dos nossos produtos.
Na mesma lógica de promover o que é bom, importa aprender a nivelar o país por cima. Já não somos pequenos, somos grandes, e é na excelência que temos de procurar o incentivo para estimular a economia e a sociedade. A nossa economia precisa de diversificação, mas é subsidiária duma atividade turística que importa continuar a valorizar, aproveitando essa força gravitacional para alavancar os 49 setores de atividade económica e promover a diversificação que tanto almejamos.
Por fim, importa valorizar e preservar o território.