Sonae atinge volume de negócios recorde em 2021

“2021 foi um ano duro, mas conseguimos ter os produtos nas prateleiras, tivemos de o fazer com mais engenho e trabalho”. Foi com esta frase que a presidente do grupo Sonae, Cláudia Azevedo, começou a apresentação de resultados referentes a 2021, nos quais, o volume de negócios cresceu 5,3% para mais de sete mil milhões…
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O ano passado ainda foi marcado pelas restrições da Covid-19, mas não impediu o grupo liderado por Cláudia Azevedo de atingir um volume de negócios de mais de sete mil milhões de euros.
Economia

“2021 foi um ano duro, mas conseguimos ter os produtos nas prateleiras, tivemos de o fazer com mais engenho e trabalho”. Foi com esta frase que a presidente do grupo Sonae, Cláudia Azevedo, começou a apresentação de resultados referentes a 2021, nos quais, o volume de negócios cresceu 5,3% para mais de sete mil milhões de euros.

Cláudia Azevedo explicou que o grupo adaptou os modelos de negócio e provou que “funcionamos com pandemia ou sem pandemia”. O resultado foi o reforço das quotas de mercado nos diferentes portfólios, a compra de novas empresas e criação de novas marcas e parcerias.

Além de ter ultrapassado pela primeira vez a fasquia dos sete mil milhões de euros na faturação, o resultado líquido (atribuível a acionistas) atingiu os 268 milhões de euros, mais 45,6%, acima dos valores de 2020 e 2019 e sendo o valor mais elevado dos últimos oito anos. As vendas online agregadas situaram-se acima dos 600 milhões de euros, contribuindo também para o desempenho da empresa. Outro dado em destaque no exercício de 2021 foi a redução da dívida em cerca de metade, para os 563 milhões de euros.

A presidente executiva da Sonae destaca que o grupo atingiu este crescimento mantendo um “forte desempenho ao nível da rentabilidade, com o EBITDA consolidado a aumentar 18% em termos homólogos, para mais de 730 milhões de euros”.

A gestora não deixou de se manifestar “orgulhosa destes resultados. Mas estou igualmente orgulhosa da forma como mantivemos o nosso foco no futuro”. Isto porque a nível agregado “investimos mais de mil milhões de euros durante o ano para melhorar parques de lojas, renovar canais digitais, preparar instalações logísticas para o futuro, garantir as melhores redes digitais de nova geração e expandir o nosso portefólio de empresas para novas áreas de crescimento”.

Sobre 2022 que está a ser marcado pela escalada dos preços da energia e de alguns bens alimentares, assim como o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, Cláudia Azevedo lembrou que estes últimos dois anos foram de crise e ainda assim garantiram os produtos nas prateleiras. Por isso, refere que agora não será diferente, afastando o cenário de racionamento de bens essenciais nas lojas Continente. “Não falta nada nos armazéns”, garantiu. Sem esquecer que durante a pandemia houve o encerramento de alguns portos e “conseguimos dar a volta e fomos comprar a outros sítios. Já estamos a estudar várias alternativas”. A empresária lembrou ainda que: “Conhecemos bem os consumidores, o Continente tem 36 anos e sempre conseguiu dar resposta. Não vão faltar as promoções”.

Questionada sobre como vislumbra as perspetivas para o corrente exercício, a mesma fonte socorreu-se de uma expressão herdada de um antigo jogador de futebol dizendo que: “Prognósticos só no final do jogo”.

Sobre os desenvolvimentos quanto à dissolução da sociedade com a empresária angolana Isabel dos Santos, a ZOPT, acionista maioritária da NOS, Cláudia Azevedo admitiu que está tudo igual, referindo que “os processos na justiça não andaram”. Mas salientou que, apesar da turbulência acionista, a operadora de telecomunicações “mantém um desempenho muito bom”. E admitiu que poderá vir a reforçar a participação no curto prazo.

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