Literacia em saúde e o desafio da longevidade

Por outro lado, a inteligência artificial e o autoconhecimento também nos podem ajudar a manter bons níveis de saúde. Uma entrevista com Francisco Campilho, CEO da Victoria Seguros, a terceira maior seguradora de saúde do mercado português A Victoria Seguros foi o patrocinador principal do Forbes Health Summit 2024, e o seu CEO, Francisco Campilho,…
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A literacia financeira pode ser um aliado para quem quer viver melhor os anos “a mais” que temos hoje.
Forbes LAB

Por outro lado, a inteligência artificial e o autoconhecimento também nos podem ajudar a manter bons níveis de saúde. Uma entrevista com Francisco Campilho, CEO da Victoria Seguros, a terceira maior seguradora de saúde do mercado português

A Victoria Seguros foi o patrocinador principal do Forbes Health Summit 2024, e o seu CEO, Francisco Campilho, esteve no painel sobre a longevidade. O facto de vivermos cada vez mais anos é um dos desafios para os seguros de saúde. Mas Francisco Campilho tem mais a dizer sobre a saúde e como os seguros vão evoluir para sermos mais saudáveis.

Forbes (F): Trazer a público o debate sobre a saúde é um investimento para a Victoria Seguros?

Francisco Campilho (FC): Claramente. A Victoria está em Portugal desde 1930 com seguros de vida e, mais recentemente, desde os anos finais da década de 1980, com seguros de saúde. Fomos a primeira se­guradora a usar o termo saúde. Em termos de legisla­ção, este é o ramo doença, mas a companhia decidiu apostar na perspectiva positiva, e desde sempre que usou o termo seguro de saúde. A Victoria continua a fazer um grande investimento e uma grande pro­moção de seguros de saúde, com produtos inovado­res, e fez todo o sentido a nossa participação no For­bes Health Summit e contribuir com isso para uma maior literacia de saúde no nosso pais.

 “A Victoria continua a fazer um grande investimento e uma grande promoção de seguros de saúde, com produtos inovadores.”

F: Fala-se, de facto, muito sobre saúde e dicas de saúde nutrição, etc. A seu ver, quem deve ser ou­vido quando se trata de informação sobre saúde?

FC: Eu acho que tudo o que tem que ver com a medi­cina e com a enfermagem tem aqui um papel impor­tantíssimo, científico. Portanto, é aí que devemos recorrer. E também ter uma interação com o serviço de saúde que nos seja mais adaptado – pois acho que esse autoconhecimento pode ser enriquecido – no sentido, também, de nos ajudarmos a nós próprios, mas também ajudar todo o serviço de saúde.

F: No Forbes Health Summit, participou no painel sobre a longevidade. O facto de vivermos cada vez mais anos é um desafio para os seguros de saúde?

É um desfio para todos nós em geral. Caminhamos para uma sociedade que terá uma percentagem da população acima dos 65 e mesmo acima dos 80 mui­to superior àquela que atualmente temos. Isso vai levantar muitos desafios em termos dos cuidados de saúde, porque aquilo que se procura não é só o viver mais anos mas viver bem esses anos que temos a mais. E nesse sentido existe aqui um prolongar da vida com qualidade que exige realmente um acom­panhamento de várias soluções em que os seguros de saúde têm um passo a dar e um desafio muito grande.

“Aquilo que se procura não é só o viver mais anos mas viver bem esses anos que temos a mais.

E nesse sentido existe aqui um prolongar da vida com qualidade que exige realmente um acompanhamento de várias soluções em que os seguros de saúde têm um passo a dar”

F: Como comenta a utilização da inteligência ar­tificial (IA)? De que maneira auxilia no diagnósti­co? Já está a ser utilizada?

FC: Penso que em 2024 é quase impossível não se fa­lar em IA na saúde. Eu penso que a IA tem que ver com a forma como interagimos com a tecnologia, e o facto de podermos fazer perguntas na chamada lin­guagem natural, se calhar, ajuda na literacia em saú­de, como falávamos há pouco. Em diagnóstico, com certeza que ajuda.

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