Durante a conferência Doing Business Angola, Ivan Marques dos Santos, secretário de Estado para a economia de Angola, apresentou a visão política sobre o desenvolvimento da economia angolana. A estratégia de longo prazo “Angola 2050” e o plano de desenvolvimento nacional 2023-2027 são a base desta visão.
O primeiro ponto foi elaborado com base na estratégia já desenhada para 2025, objetivo que mais tarde teve de ser revisto. “Foi elaborada num ambiente controverso, após 27 anos de guerra civil”, sublinhou o secretário de Estado na sua apresentação. Pontos como o otimismo em relação ao plano anterior, o alinhamento com compromissos internacionais e o horizonte temporal foram apontados como motivo para esta alteração. Cumpridos no primeiro plano ficaram, segundo Ivan Marques dos Santos, os objetivos de conseguir a paz e a reconstrução nacional.
O novo plano passa, então, a ser guiado por três princípios: “Clareza de ação e monitorização, coerência económico-financeira e articulação intersetorial e adaptabilidade”, disse. Mais de 1200 entrevistas com instituições públicas e privadas estiveram na base deste documento. A confirmar-se, 2050 será o ano em que Angola terá uma sociedade que valoriza e potencia o seu capital humano, uma infraestrutura moderna e competitiva, uma economia diversificada e próspera, um ecossistema resiliente e sustentável e uma nação justa e com igualdade de oportunidades.
“O governo de angola quer deixar e potencializar o setor privado como principal player da nossa economia. No passado víamos muito o estado como o que investe, queremos mudar esse paradigma”, afirmou.
Algumas das previsões apresentadas passam pelo aumento da população para 68 milhões em 2050, o aumento do pib para 286 mil milhões de dólares ou a redução do desemprego para 20%.
Em relação ao plano de desenvolvimento nacional 2023-2027, o foco passa pelo desenvolvimento de capital humano e pela elevação dos níveis de segurança alimentar. “O plano irá traduzir-se numa melhoria dos níveis de bem-estar dos angolanos, com três compromissos a nortear todas as ações: mais segurança alimentar, mais emprego e menos pobreza”, disse o secretário de Estado.