Ben Shariati, diretor do Programa de Pós-Graduação em Cibersegurança na Universidade de Maryland, EUA, vai estar em Portugal, no âmbito da implementação do projeto C-HUB – Pólo de Inovação Digital de Cibersegurança, que visa potenciar a transformação digital e a ciber-resiliência de PMEs e da Administração Pública.
O especialista em cibersegurança vai juntar-se a António Costa, do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), Carlos Ribeiro do INESC INOV Lab, Nelson Escravana, Bernardo Pacheco e Gonçalo Cadete, da área de Cibersegurança do INOV e Luís Antunes e Rolando Martins, ambos do C3P da Universidade do Porto, para, ao longo de quatro dias sensibilizar as empresas e entidades públicas para a importância de protegerem os seus dados.
Em Lisboa, as sessões decorrem nos dias 25, 26 e 27 de novembro, das 14H30 às 17h30, no INESC INOV, no Gabinete Nacional de Segurança e na PwC, respetivamente. A 28, o palco será a Porto Business School, no Porto.
“Somam-se as vítimas de ataques informáticos em Portugal. Há muito que este deixou de ser um problema apenas para as ‘grandes empresas’, pelo que, cada vez mais, é importante que as pequenas e médias empresas (PMEs) e entidades da Administração Pública estejam atentas aos processos de transformação digital e salvaguardem os seus dados com sistemas de proteção avançados”, refere o Centro de Competências em Cibersegurança e Privacidade (C3P) da Universidade do Porto, que, conhecedor da vulnerabilidade da esmagadora maioria dos sistemas implementados, está a promover em conjunto com o CNCS, no quadro do C-HUB – Pólo Europeu de Inovação Digital de Cibersegurança, sessões gratuitas que trabalham a consciencialização dos riscos e identificam os produtos e serviços disponíveis no mercado para os mitigar.
“Ataques informáticos não visam só grandes empresas”, alertam investigadores.
O objetivo da iniciativa é criar sinergias, potenciar a aceleração e transformação digital das PMEs e da Administração Pública e, simultaneamente, promover a sua ciber resiliência. “Há um risco muito elevado junto destas entidades, sobretudo as que têm uma base de dados antiga, elaborada numa altura em que nem sequer se falava em cibersegurança. Naturalmente, não foram acautelados mecanismos de defesa que atualmente são cruciais para preservamos dados e informação confidenciais”, alerta o C3P. O programa de cada uma das sessões inclui a apresentação geral do C-Hub, uma avaliação da maturidade digital (Digital Maturity Assessment da UE) das entidades participantes e um serviço de consultoria especializada em análise de privacidade e segurança de informação. A participação nas sessões é de inscrição obrigatória. O formulário de inscrição já está disponível.