Dados da Gestlifes revelam uma redução de quase metade nas prestações ao banco no ano passado. Clientes pouparam centenas de euros por mês ao mudar de entidade e/ou ao consolidar outros empréstimos.
Em 2023, os portugueses conseguiram baixar em cerca de 47% os seus encargos mensais com créditos, segundo dados da intermediária de crédito Gestlifes.
Muitos dos casos analisados envolveram transferir o crédito habitação, fixando a taxa de juro, negociando o spread contratado e contratando o seguro de vida fora do banco.
As situações com maior poupança aconteceram quando os clientes tinham cartões de crédito ou créditos pessoais por pagar.
Recorrendo à consolidação, foi possível juntar todas estas dívidas numa só mensalidade, muitas das vezes mudando o empréstimo da casa para outro banco mais vantajoso.
De acordo com a Gestlifes, foram, no total, mais de 1.300 pedidos para reduzir o impacto da Euribor e baixar a taxa de esforço com as despesas ao banco. No seu caso em concreto, a Gestlifes indica ter recebido mais de 70.000 pedidos de financiamento, entre crédito ao consumo, crédito habitação e transferência.
Segundo João Pereira, CEO da Gestlifes, “2023 foi um ano em que os pedidos de ajuda das famílias dispararam. Muitos clientes viram a prestação da casa duplicar, pelo que a transferência de crédito foi uma solução muito procurada”.
Para um cliente com um crédito habitação de 150.000€ a 40 anos, indexado à Euribor a 12 meses, a prestação passou de 379€ para 763€, no ano passado.
“Em muitas das situações, ao fazermos uma consolidação que inclua um crédito habitação, conseguimos passar os encargos mensais para metade do valor, com poupanças na ordem dos 50%”, acrescenta João Pereira.