Numa cidade inteligente reúne-se o máximo de informação na tomada de decisões e na comunicação com os cidadãos. É isto que o produto digital City as a Platform ajuda a fazer numa só plataforma de fácil utilização. O software da Focus BC faz de municípios tão distintos como Lisboa, Famalicão, Seixal ou Albufeira (entre muitos outros) casos de sucesso na gestão de áreas como a gestão de ocorrências, fiscalização, mobilidade urbana, urbanismo ou turismo, entre outras. A missão: ajudar as organizações nos seus processos de transformação digital e dar qualidade de vida aos seus cidadãos. Vasco Pinheiro, Managing Partner da Focus BC, e João Barata, Head of Smart Cities, garantem que isto é possível mesmo com escassos recursos humanos especializados em tecnologia.
A missão: seja maior ou menor o investimento em tecnologia, dar qualidade de vida aos seus cidadãos. Vasco Pinheiro, Managing Partner da Focus BC, e João Barata, Head of SmartCities, garantem que isto é possível mesmo sem recursos humanos especializados em tecnologia.
João Barata como foi o seu percurso até chegar à Focus BC e de que forma este impactou a função que ocupa hoje?
JB: O meu percurso começou no dia em que iniciei a minha licenciatura em Engenharia Geográfica na Faculdade de Ciências de Lisboa e a localização de elementos no nosso planeta tornou-se uma parte integrante da minha vida.Tudo aquilo que fazemos e nos relacionamos no nosso dia a dia tem uma relação geográfica e acho que é uma parte fundamental do nosso quotidiano e sem o qual já não sabemos viver. Terminado a licenciatura iniciei a minha vida profissional numa empresa na área dos sistemas de informação geográfica onde assumi funções, inicialmente em áreas mais técnicas, mas que naturalmente evoluíram para a consultoria de negócio. Foi mais de uma década a trabalhar o território onde ficamos com uma visão bastante abrangente dos desafios que existem no dia a dia de quem tem de gerir e melhorar as condições de todos os cidadãos. Foi durante esta altura que conheci algumas das pessoas com quem trabalho atualmente, incluindo o Vasco Pinheiro, que eventualmente culminou com a minha entrada na Focus BC e com o início da minha função de Head of SmartCities.”
Como define a sua função de Head of SmartCities?
JB: A minha principal função é o desenvolvimento comercial da nossa plataforma de Inteligência Urbana/Territorial, City as a Platform, no mercado da administração local. É uma função desafiante na medida em que temos de estar continuamente em contacto com múltiplas entidades, desde clientes a parceiros, e garantir que a plataforma e as suas soluções estão continuamente num processo evolutivo que garanta a resolução dos problemas efetivos dos Municípios. É igualmente satisfatório ver que as soluções que comercializamos resolvem os problemas dos nossos clientes e têm um impacto directo na qualidade de vida dos seus cidadãos

E para o Vasco quais são os desafios enquanto Managing Partner ?
VP: Somos uma empresa de produto, fabricamos software. Uma das áreas em que atuamos são as smart cities e temos outro setor que é o spectator events, em que trabalhamos com grandes organizações mundiais no planeamento e gestão de eventos — falamos da FIFA, UEFA, por exemplo. De alguma forma também utilizam o espaço público — os estádios, infraestruturas das cidades — para planear os seus eventos e festivais. Os desafios estão relacionamos com a capacidade de criar produtos e soluções que se adequem ao mercado. A inovação sempre nos motivou. Procuramos constantemente antecipar as tendências do mercado para melhor servir os nossos clientes. Esta abordagem com visão de futuro mantém-nos motivados para ultrapassar limites e criar produtos impactantes, com um foco muito especial nas Cidades, em todos os seus domínios de gestão – Urbanismo, Mobilidade, Operações, Economia, Governação, Ambiente, Participação Pública, entre outros
Como descrevem a Focus BC que nasceu em 2012 e o caminho até hoje?
VP: A Focus BC nasceu como uma empresa de consultoria de base tecnológica, e evoluiu até aos dias de hoje como uma empresa de produto, como forma de suportar a sua estratégia de internacionalização. No mercado das Smart Cities, a Focus BC é hoje um reconhecido player nacional e internacional, com uma oferta integrada de soluções e serviços.
Como vêem a transformação digital nas empresas portuguesas?
VP: O setor autárquico percebe a necessidade de investir em tecnologia até porque a escassez de recursos humanos é significativa. Quando falamos em pessoas especializadas em tecnologias da informação é mais ainda. O que nós procuramos fazer é criar soluções que possam colmatar essa falta de recursos humanos. Criamos soluções que possam colmatar isso com abordagens de no-code e low-code. Damos muita autonomia aos nossos clientes mesmo não sendo especialistas em tecnologia. As cidades estão cada vez mais sensorizadas, quer pelas pessoas, quer pelo hardware, e as autarquias querem estar preparadas para lidar com isso. Há uma consciencialização clara do mercado para a importância do digital, a digitalização da economia é uma realidade. No entanto, em Portugal há muita falta de investimento público nestes assuntos, ao contrário do que acontece em outros países do mundo, onde há uma aposta clara nas autarquias para a modernização dos serviços
O City as a Platform é um caminho para as cidades se tornarem smart?
JB: É um caminho para dar, aos decisores, o conhecimento do território em tempo real. O nosso território abrange muito mais que as cidades e todas as entidades que têm a responsabilidade de gerir os serviços que nós, cidadãos, necessitamos no dia a dia enfrentam enormes desafios para conhecer e atuar sobre a imensidão de informação que existe dispersa no seu território e até a nível nacional e internacional. Nós fornecemos uma plataforma que permite a democratização do acesso à informação dentro dos municípios e a sua comunicação com o munícipe. Nela é possível integrar e gerir toda esta informação, seja ela interna ou externa, estática ou em tempo real vinda dos múltiplos sensores que nos rodeiam, e criar uma imagem de todo o território em tempo real.
VP: As cidades já são todas inteligentes, das pequenas às maiores. Trabalhamos com autarquias como Vila do Bispo, que tem dois ou três mil habitantes, até à Câmara Municipal de Lisboa, com desafios diferentes uns dos outros. O City as a Platform é uma forma de os nossos clientes nas autarquias conseguirem gerir melhor o seu território nas mais variadas áreas — urbanismo, ação social, economia. Temos clientes que não têm sensores no terreno e que utilizam a plataforma todos os dias de uma forma abrangente. A principal virtude do City as a Platform é a flexibilidade de se adaptar às diferentes autarquias do país.
Que soluções inteligentes são hoje uma realidade nas smart cities portuguesas?
VP: Conseguimos trabalhar com dados em tempo real provenientes de sensores de maré, de qualidade do ar, sensores de estacionamento e outros, que ajudam a tomar melhores decisões e partilhar essas informações com o cidadão. Hoje um cidadão sabe onde há lugares para estacionar, seja em paineis na rua, seja em sistemas dentro da viatura. Mas podemos falar de florestas: podemos ter sensores meteorológicos que nos avisem do risco de incêndio.
JB: Uma solução é tão inteligente quanto a qualidade dos dados que inserimos nela. Embora ainda tenhamos um longo caminho a percorrer, existem cada vez mais casos de sucesso em Portugal que podemos associar à utilização de tecnologias que melhoram significativamente a qualidade de vida dos cidadãos. A gestão integrada de ocorrências que permite ao município receber e gerir todas as comunicações dos seus munícipes e responder de uma forma mais célere, a sensorização de dados ambientais que, cruzados com outras métricas como mobilidade e condições climatéricas, permitem aos municípios adoptar medidas que permitam a melhoria da qualidade do ar que respiramos, a gestão dos espaços verdes integrados com rega inteligente, a gestão inteligente de resíduos, entre muitos outros, são casos de uso que vemos no nosso território nos dias de hoje.

Quais os desafios na implementação de mais soluções inteligentes às cidades portuguesas?
VP: Nós estamos muito bem nesse nível, só falta o investimento para tornar estas tecnologias mais standard nas autarquias…
JB: Desafios relacionados com o financiamento, construção e disponibilidade de infraestruturas, regulamentação, e a aceitação pública para a adopção de soluções. Apesar disso, há um crescente reconhecimento da sua importância na melhoraria da qualidade de vida. Soluções relacionadas com Infraestruturas de Mobilidade Elétrica e Sustentável, gestão inteligente de resíduos, eficiência energética em edifícios inteligentes, gestão de água e saneamento, transporte público inteligente, conetividade, entre outras, estão a ser implementadas de forma gradual com algumas áreas avançando mais rapidamente que outras. Um fator que não deve ser ignorado e que considero ter bastante impacto atualmente, está relacionado com a falta de recursos humanos nos municípios devido à dificuldade de recrutamento e manutenção de quadros técnicos que optam pelo sector privado em busca de salários superiores. Para mitigar esta dificuldade a FocusVBC desenvolveu uma plataforma intuitiva de configurar e utilizar, que implica um período muito curto de formação para quadros menos técnicos, permitindo que áreas com necessidade de soluções mas com recursos humanos diminutos possam rapidamente começar a aceder e produzir conteúdos, melhorar de imediato os seus processos e consequentemente democratizar o acesso à informação que é o fator chave nas soluções de smartcities.
Como vai evoluir a tecnologia ao serviço das smart cities?
VP: Quando penso no futuro da tecnologia e das plataformas, para mim tem de ser abrangente, não pode criar um gap ainda maior. Temos de tirar partido das tecnologias que existem hoje. O futuro passa por realidade aumentada, por realidade virtual, digital twins — no fundo ter capacidade de modelar um território a partir de modelos digitais. São tecnologias quase de gaming que permitem ter uma representação virtual do território e pensar como uma cidade pode evoluir.
Este conteúdo patrocinado foi produzido com a colaboração da Focus BC