O estudo realizado pelo Cetelem, marca do grupo BNP Paribas Personal Finance, conclui que 75% dos portugueses estão preocupados com a possível má utilização dos dados através de Inteligência Artificial (IA).
De acordo com o Observador Inteligência Artificial os portugueses “mostram-se de certa forma informados em relação ao assunto, já que nove em cada 10 já ouviram falar da forma como as empresas, entidades ou instituições podem usar a IA para tratamento de dados”.
Numa altura em que se tornou comum as marcas e lojas solicitarem os dados pessoais dos consumidores, o mesmo estudo revela que “oito em cada 10 portugueses costumam autorizar o seu uso, sendo que apenas 5% afirmam que o fazem sempre”. No entanto, no Observador Inteligência Artificial pode ler-se que apenas três em cada 10 concordam que as marcas usem os dados para melhorar a oferta de produtos e serviços, “o que espelha que há ainda uma grande percentagem que, embora possa ceder dados, se mostra reticente quanto ao uso por parte das marcas”.

No que se refere à questão de como os portugueses se sentem em relação à ideia de que sejam computadores ou robots a recolher, tratar e analisar os seus dados pessoais, esta não reúne o consenso e as opiniões dividem-se: 49% discordam da ideia e 51% concordam. O estudo do Cetelem destaca que há “uma tendência de concordância nos cidadãos com idades compreendidas entre os 35 aos 44 anos e discordância na faixa etária dos 45 anos em diante”.
O mesmo estudo revelou recentemente que apenas um quarto dos portugueses estão disponíveis para fornecer dados, informações e conhecimentos que possam levar um computador ou robot a fazer algo por eles. Ou seja, estes resultados mostram que os inquiridos se mostram inseguros neste tema.