Em Portugal, em 2019, as perdas de água nas redes de abastecimento (medidas pelo indicador Água Não Faturada) chegaram aos 28,8%, de acordo com dados da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos.
Para atacar o problema e reduzir este tipo de perdas, que simultaneamente representa um dano para a economia e para os recursos do planeta, a empresa Indaqua, uma participada do Grupo Miya, especialista em soluções de gestão de recursos hídricos e de redes urbanas de água, está a trabalhar com os municípios portugueses
Atualmente, são 20 as autarquias nas quais a Indaqua garante já uma redução eficaz da água que se perde nas redes de abastecimento, devido a fugas, roturas ou roubos.
Entre esses 20 municípios, encontram-se seis concessões de gestão de abastecimento de água e águas residuais (Fafe, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, Trofa e Vila do Conde) e entidades gestoras em que a Indaqua participa como acionista (São João da Madeira) ou implementa Projetos de Eficiência Hídrica (12 municípios).
É através dos Projetos de Eficiência Hídrica, que se concretizam em contratos de prestação de serviços, que a Indaqua pretende agora multiplicar os resultados de poupança que tem gerado para os territórios.
20 mil milhões de litros de água poderão ser poupados pelos 40 municípios a que a Indaqua pretende chegar.
O objetivo é alargar a sua abrangência territorial (para já, concentrada no norte e centro do país) e, desta forma, chegar a 40 municípios até 2026. Este crescimento vai permitir que estes territórios evitem o desperdício, por ano, de 20 mil milhões de litros de água, o que se traduzirá numa poupança anual de 10 milhões de euros.
Os Projetos de Eficiência Hídrica implementados pela Indaqua têm uma duração de cinco anos, durante os quais uma parte significativa da remuneração fica dependente do cumprimento dos objetivos de poupança traçados. Desta forma, é anulado o risco de investimento por parte da entidade contratante.
“O que fazemos é assegurar uma gestão mais eficaz das redes, recorrendo a tecnologia e equipas altamente especializadas. Deste modo, a poupança é dupla: por um lado, evita-se desperdiçar água que foi preciso comprar, tratar e transportar (o que envolve custos) e, por outro, garante-se o prolongamento da vida útil das redes, adiando o investimento mais avultado que a sua substituição representa”, detalha Pedro Perdigão, CEO da Indaqua.
Os Projetos de Eficiência Hídrica da Indaqua enquadram-se em diversas componentes do Plano de Recuperação e Resiliência português, por promoverem as Transições Digital e Climática através, por exemplo, da implementação de sistemas de telemetria de contadores ou da redução do consumo energético associado ao transporte e tratamento da água que se deixa de desperdiçar em perdas ao longo das redes.
Parte da remuneração recebida pela Indaqua fica dependente do cumprimento dos objetivos de poupança traçados.
“Os municípios, tendo em conta o previsível agravamento das alterações climáticas e da escassez de água, vão naturalmente virar cada vez mais atenções para a gestão eficiente deste recurso. O Plano de Recuperação e Resiliência será um mecanismo importante para apoiar este tipo de iniciativas que geram significativas vantagens ambientais e económicas para os territórios”, diz Pedro Perdigão.
Se a média nacional de perdas de água nas redes de abastecimento é de 28,8%, na média dos sete municípios em que a Indaqua detém concessões, essas perdas são de apenas 14,5%, tendo essa cifra sido reduzida, em 2020, para 13,9%.