Já passaram sete anos desde que cheguei a Portugal. A IKEA está cá há mais tempo, desde 2004, e a ligação entre a sua cultura e os seus valores, e o espírito humanista e empreendedor português é bastante forte desde o início. A minha primeira reflexão é que o país evoluiu imenso ao longo deste período e, sendo eu própria uma otimista, vejo que há muitas conquistas para celebrar, e muito a fazer para desenvolver a competitividade e a sustentabilidade do país para as gerações futuras. Como dizemos na IKEA, há sempre espaço para crescer, desenvolver, renovar e melhorar.
Reconhecemos a evolução ao nível do salário mínimo em Portugal estes anos. Ainda assim, acreditamos que devia aumentar significativamente num futuro próximo. Todos devem ter acesso a um salário justo e a condições dignas para viver. Na IKEA, desde 2023, aumentámos o nosso salário de entrada para 1.000 euros. Esta medida teve efeitos positivos e imediatos no que diz respeito à satisfação, ao bem-estar, à lealdade e ao envolvimento dos nossos colaboradores. Aumentar os salários do país em geral, começando pelo salário mínimo, contribui para a competitividade das empresas, ao igualar as estruturas de custos.
Quando trabalhamos com Diversidade e Inclusão, é crucial dispor de dados precisos e atualizados sobre a sociedade, para definir objetivos internos e fazer a respetiva monitorização. Quando as empresas não conseguem medir o impacto das suas ações, a mudança dificilmente acontece. Na IKEA, queremos espelhar a sociedade nas nossas equipas, especialmente nos níveis de liderança, mas, se não soubermos a percentagem de pessoas provenientes de diferentes origens étnicas e culturais no país, como podemos garantir a sua devida representação?
No que diz respeito ao desenvolvimento de negócio, é urgente simplificar e agilizar os processos burocráticos, especialmente os relacionados com o licenciamento, de modo a permitir novos investimentos. O ambiente empresarial é rápido e exige respostas ágeis por parte dos decisores.
