Pela primeira vez desde 2002, Gisele Bündchen deixou de ser a modelo que mais factura. Kendall Jenner, de 22 anos, ocupa agora o primeiro lugar da tabela.
As 10 modelos mais bem pagas
10º
Ashley Graham
- País: EUA
- Idade: 30
- Valor: 5 milhões
9º
Bella Hadid
- País: EUA
- Idade: 21
- Valor: 5,5 milhões
8º
Liu Wen
- País: China
- Idade: 29
- Valor: 6 milhões
7º
Karlie Kloss
- País: EUA
- Idade: 25
- Valor: 8,3 milhões
6º
Rosie Huntington-Whiteley
- País: Reino Unido
- Idade: 30
- Valor: 8,6 milhões
5º
Gigi Hadid
- País: EUA
- Idade: 22
- Valor: 8,7 milhões
4º
Adriana Lima
- País: Brasil
- Idade: 36
- Valor: 9,6 milhões
3º
Chrissy Teigen
- País: EUA
- Idade: 32
- Valor: 12,4 milhões
2º
Gisele BÜndchen
- País: Brasil
- Idade: 37
- Valor: 16 milhões
1º
Kendall Jenner
- País: EUA
- Idade: 22
- Valor: 20 milhões
Graças à sua conta no Instagram e que lhe permite divulgar anúncios junto de 85 milhões de seguidores, Kendall Jenner encaixou o montante mais elevado da sua carreira no último ano e destituiu a brasileira Gisele Bündchen do trono. Tudo graças a uma facturação de 20 milhões de euros no ano que passou.
Entre as principais fontes de receita de Jenner estão os avultados contratos celebrados com a Estée Lauder, a La Perla, a Adidas, e outras grandes marcas mundiais; as receitas publicitárias do programa televisivo que mostra o dia-a-dia da sua família; a sua linha de vestuário Kendall + Kylie que detém juntamente com a sua irmã, Kylie Jenner, e as várias presenças nas redes sociais.
Em segundo lugar figura a brasileira Bündchen, com uma facturação de cerca de 16 milhões de euros, e que teve um ano mais tranquilo. Esta modelo de 37 anos continuou a posar para uma fragrância da Carolina Herrera, para a marca de calçado Arezzo e para as jóias Vivara, no seu Brasil natal, mas o facto de ter participado num menor número de campanhas provocou uma quebra de 43% dos seus rendimentos face aos 28 milhões de euros registados em 2016. Em terceiro lugar surge Chrissy Teigen (12,4 milhões de euros), que entra para esta lista pela primeira vez. Com um número de seguidores considerável nas redes sociais, esta amante da cozinha e antiga figura de capa da Sports Illustrated consegue milhões graças a contratos que vão para lá do mundo da moda.
Moda nas redes sociais
O ranking deste ano não revela apenas uma alteração no pódio. Entre as 10 modelos que mais facturam no mundo, verificou-se uma profunda alteração no último ano. Veja-se o caso de Bella Hadid (em 9.º lugar da lista e com 5,5 milhões de euros), uma famosa recém-chegada ao Instagram e que entra para a tabela das mais bem pagas graças a um ano muito agitado em que posou para mais de uma dezena de marcas como é o caso das linhas de maquilhagem Dior, Nike e cosméticos Nars. A sua irmã, Gigi Hadid, ganha 3,2 milhões de euros mais do que ela, sendo que é a primeira vez que estas irmãs constam ambas na lista da FORBES. “As redes sociais oferecem mais possibilidades de desenvolvermos o nosso próprio conteúdo e de nos expressarmos,” afirmou Ivan Bart, presidente da IMG Models.
E as estrelas não se coíbem de as usar em seu proveito. Karlie Kloss (8,3 milhões de euros) é uma dessas figuras.
Com um canal no YouTube e um talk show que será transmitido na rede televisiva Freeform, Kloss conseguiu uma grande audiência nas redes sociais — cerca de 12,6 milhões de seguidores numa série de plataformas— de modo a aumentar o prestígio da Kode With Klossy, uma organização sem fins lucrativos que pretende combater a disparidade entre géneros na área da programação informática e que já ministrou formação a mais de 500 raparigas até à data. “Percebi que, com a minha presença e com esta plataforma, conseguia chegar às jovens do meu país e de todo o mundo”, disse Kloss à FORBES. “E se conseguir ajudar meia dúzia de raparigas que seja, isso, só por si, já é significativo.”
Ao descentralizar a fama, as redes sociais deram poder a mulheres que dantes eram ignoradas pelo mundo da moda. Ashley Graham (5 milhões de euros) conta com uma grande audiência, não dependendo assim apenas dos editoriais para conseguir uma maior exposição – editoriais estes que raramente incluem modelos com medidas acima dos tamanhos de referência. Graham, a primeira modelo com formas mais arredondadas a entrar para a lista das mais bem pagas, tem as suas próprias linhas para marcas como a Addition Elle, Dressbarn e Swimsuits For All e participou em campanhas para a Lane Bryant e H&M, entre outras.
A moda está a dar passos no sentido da inclusão, no entanto Liu Wen (6 milhões de euros) continua a ser a única modelo não branca na lista das dez mais. Mas as coisas estão a mudar: um estudo recente da FashionSpot concluiu que, pela primeira vez, mais de 30% das modelos escolhidas nos castings para as campanhas de publicidade de 2017 não eram brancas, o que significa que as modelos de outras etnias estão agora a participar não só nos desfiles, onde o cachet é baixo, mas também em anúncios lucrativos.