A tecnologia desempenha um papel activo em praticamente tudo o que nos rodeia e Nick Bailey, presidente e director-executivo da mediadora imobiliária Century 21, acredita que, num futuro próximo, também será uma constante no mercado imobiliário.
Por esse motivo criou uma nova missão para a empresa que lidera e que passa por proporcionar experiências extraordinárias através da tecnologia – um pouco à imagem de empresas como a Netflix, Amazon.com ou Uber que, segundo Nick, vieram tornar melhores as práticas que oferecem aos consumidores.
A medida prioritária é desenhar todo o software para dispositivos móveis e deixar de adaptar os programas originalmente feitos para serem consultados num computador.
Com esta medida, Nick pretende não só melhorar a experiência do cliente, mas também tornar o agente imobiliário “mais proactivo e eficiente”, afirma o líder da Century 21 à FORBES, em Lisboa, momentos antes de entrar em palco para a conferência ibérica da empresa. “Hoje em dia, desde decidir que se vai comprar até se fechar o negócio, são necessários 181 passos para comprar um imóvel”, diz.
Foi justamente com o objectivo de simplificar este processo e tornar a Century 21, que opera globalmente sobre a forma de franchising, mais dinâmica e focada que Nick assumiu a liderança da empresa há sete meses.
Com a experiência que tem na área da tecnologia e do imobiliário, Nick não acredita que “a tecnologia vá substituir o agente”, diz, e pretende terminar com esse ruído que há no mercado.
Descreve-se como um líder rápido, impaciente e que gosta de ver progresso. Um dos lemas da casa, desde que assumiu o cargo de presidente e director-executivo, passou a ser “sonha alto, move-te rápido”.
Capaz de tomar decisões arriscadas, que nem sempre são populares, não vê o papel que desempenha como difícil, mas não deixa de apontar o facto de poderem existir várias distracções como menos bom. “É muito fácil sair do caminho”, afirma realçando o quão importante é ter objectivos claros para que isso não aconteça: “é necessário ter a certeza de que se tem uma visão clara, que as pessoas a entendem e que tu não te afastas dela”, diz.
A estratégia para uma empresa com 47 anos passa por olhar para as gerações futuras e perceber o que ela é hoje e, principalmente, o que vai ser amanhã. Nick, no cargo que desempenha, considera ter dois trabalhos.
O primeiro é criar a cultura certa e o segundo é ajudar os agentes a fechar mais negócios. Para o futuro tem já uma meta estabelecida: conseguir, em cinco anos, duplicar as transacções.
A meta é grande, mas é isso que “ajuda a empresa e os agentes a crescer”, finaliza.