Os projetos agrícolas empresarias que visam contribuir para o aumento da produção de cereais, oleaginosas, leguminosas, frutas e tubérculos irão continuar a beneficiar de incentivo e investimentos do governo angolano, segundo avançou nesta quarta-feira, em Luanda, o secretario de Estado para a Agricultura e Pecuária, João Bartolomeu da Cunha, na abertura da primeira conferência sobre “Agricultura 3.0”, promovida pela Forbes África Lusófona.
De acordo com o governante, a realização do evento, que decorre sob o lema “a semente dos negócios sustentáveis inclusivos”, acontece num momento em que o país procura aumentar a oferta da produção interna, sendo a agricultura o setor estratégico para se alcançar tal objetivo.
“Os esforços e iniciativas para o aumento de conhecimento dos produtores, disponibilidade de fatores de produção, acesso ao crédito e apoio à comercialização, que se vêm aprimorando a cada ano que passa, são ações que se refletem de forma positiva nos resultados alcançados”, afirmou João Manuel Bartolomeu da Cunha.
Segundo o secretário de Estado para a Agricultura e Pecuária, o setor da agricultura familiar, que representa 85% da produção angolana e é o maior empregador do país, deve ter maior acesso a insumo como sementes, fertilizantes, pesticidas e vacinas, como reforço da extensão rural em técnica agrícolas e de desenvolvimento de infraestruturas, tais como sistemas de irrigação.
“O Ministério da Agricultura e Florestas continua comprometido a garantir a capacidade de fornecer soluções baseadas na ciência e na tecnologia, bem como reformar as instituições de investigação científica para aumentar a pesquisa adaptativa e que traduza resultados concretos que levem ao aumento da produtividade no setor agrícola”, garantiu.
Para o desenvolvimento e modernização da agricultura angolana, reforçou, é necessária uma inovação tecnológica, cuja implementação cumpra com as etapas de qualquer processo desta natureza e que observe um período de amadurecimento e de acumulação de experiência e de lições aprendidas em todo território nacional.
“Angola definiu no seu Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027 a prioridade de relançar e diversificar a produção agrícola, por forma a reduzir o deficit alimentar, melhorar a nutrição e proporcionar melhores condições de vida às populações, principalmente as mais vulneráveis”, frisou o governante.
* Borges Figueira